O período de volta às aulas é um momento de retorno à rotina e de adaptação, em alguns casos como ano de vestibular e mudança de escola. Cuidar da saúde mental nesse momento é importante para se preparar para o ano que está começando.
A Organização Mundial da Saúde define como a saúde mental como um estado de bem-estar em que uma pessoa reconhece as suas habilidades e consegue colocá-las em práticas, seja no trabalho para resolver problemas, na vida acadêmica, nas escolas e do desempenho escolar.
“A saúde mental é fazer com que o aluno tenha uma escolarização, uma educação positiva, seja no desempenho e também nas questões e de coletividade de grupos”, explica a psicóloga e professora da Universidade Positivo, Janete Knapik.
Alguns aspectos positivos e com a volta às aulas, a questão da reconexão social, retorno ao convívio com outros estudantes, colegas, professores e estabelece vínculos importantes que são vínculos sociais, que é muito importante para o bem-estar emocional. “Também tem a questão da rotina estruturada que as aulas, reintroduzem essa rotina que pode trazer segurança”. É um sentimento de propósito que faz com que o estudante porque participar das atividades de forma mais clara.
Os aspectos preocupantes que interferem na saúde mental são a ansiedade e estresse. “Eles podem criar uma certa pressão de desempenho acadêmico ou por se adaptarem novamente ao ambiente escolar. O que eu tenho percebido a não só estudantes, é a saúde mental cada vez mais abalada na sociedade”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já disse que nós temos muito mais pessoas ansiosas e depressivas nessa última década. A gente vê isso nas escolas de ensino médio, até ambientes universitários. “Então é importante cuidar e trabalhar a socialização porque às vezes eles percebem uma dificuldade e precisam de alguns ajustes emocionais. Não estou dizendo que a escola é o responsável pela saúde mental, mas a saúde mental impacta na vida escolar”.
A mudança de escola ou ano de vestibular também pode gerar certa tensão no estudante. “O novo sempre gera uma expectativa, que pode ser boa, pode ser ruim”. A especialista explica que é importante reconhecer esses desafios e reconhecer que uma que uma escola nova e a ansiedade pode estar relacionada com medo de não se encaixar, de não ser avaliado pelos outros de uma forma positiva ou de lidar com um ambiente desconhecido. “E com relação ao vestibular e os estudantes enfrentam uma pressão, às vezes pelo resultado. Às vezes uma cobrança da família é medo de falhar, sobrecarga de estudos, que é o que aumenta esse nível de ansiedade”.
Então o que é importante? Algumas estratégias de apoio. Por exemplo, acolhimento emocional, sejam os professores, sejam os pais, criar um ambiente acolhedor que permita esse diálogo e a expressão das emoções. Outra coisa é buscar uma orientação. “Incentivar hábitos saudáveis é muito importante, como um sono adequado, pelo menos 6 a 8 horas de sono, exercícios físicos, tempo para lazer, são estratégias de autocuidado”.
Este conteúdo foi ao ar no “Momento Saúde”, da última terça-feira (04), no programa Fala Paraná, da FARCOM. Clique aqui para ouvir o programa completo.