Os procedimentos estéticos estão cada vez mais populares entre as pessoas. Recentemente, diversas ocorrências foram noticiadas sobre casos de cirurgias que não foram bem-sucedidas. É importante estar atento à qualificação do profissional e aos riscos.
Segundo a dermatologista Katia Purim, existem critérios para indicar e contraindicar procedimentos, por isso há necessidade de uma avaliação prévia. “A seleção da técnica apropriada, com base na capacitação e experiência do profissional, nas características do paciente e no tipo de procedimento desempenham um papel crucial na segurança e eficácia”.
A especialista relata que os procedimentos estéticos mais realizados são a toxina botulínica e os preenchimentos faciais. “Porém existem muitos outros como peelings, laser, ultrassom microfocado, fios de sustentação, etc”. Alguns procedimentos podem ser realizados em consultórios equipados e licenciados para esta atividade. Outros procedimentos, somente em centro cirúrgico.
Ela alerta que procedimentos estéticos invasivos devem ser realizados apenas por médicos graduados, preferencialmente com especialização em dermatologia ou cirurgia plástica. “Para indicar qualquer procedimento invasivo, deve-se fazer uma história clínica completa e exame físico detalhado, diagnosticar e planejar as necessidades do tratamento, informando e esclarecendo o paciente, e obtendo seu consentimento”. Os médicos possuem os conhecimentos, as habilidades e as atitudes para indicar e conduzir o atendimento, inclusive em caso de socorro em situações de urgência e emergência.
A dermatologista alerta: todo procedimento estético apresenta riscos que devem ser informados e esclarecidos ao paciente antes da cirurgia.
Riscos da toxina botulínica: assimetria facial, reações de hipersensibilidade (alergia, urticária, angioedema), paralisias indesejadas, fraqueza muscular, pálpebra caída (ptose palpebral), visão dupla (diplopia).
Riscos do preenchedores: hematomas, inflamação, infecção, reações de corpo estranho, nódulos, edema crônico, assimetria facial, deformidades, necrose, oclusão arterial, anafilaxia, danos oculares inclusive cegueira, acidente vascular cerebral (derrame), embolia pulmonar, óbito.
Riscos do peeling: dor, infeção, cicatriz, desencadeamento de herpes, sensibilidade aumentada ao sol, manchas.
Riscos do laser: infecção, queimaduras, cicatrizes, manchas, piora de doenças dermatológicas, dor e eritema prolongado.
Riscos de materiais biológicos e rompimento de barreira cutânea- contaminações por HIV, Hepatites B e C, Herpes, HPV, bactérias, fungos, infecções localizadas ou generalizadas.
Riscos dos anestésicos locais cremes ou injetáveis: complicações locais ou sistêmicas potencialmente fatais como choque anafilático e intoxicação. Destaque-se que os anestésicos são essenciais para os procedimentos estéticos.
As reações indesejadas estão associadas à penetração da agulha na pele e aquelas associadas à solução anestésica (toxicidade local ou sistêmica e outras reações), que são graves e podem levar o paciente a óbito.
Fazer um histórico completo de doenças da pele, alergias, doenças sistêmicas, medicação atual e procedimentos anteriores é obrigatório e permite evitar complicações graves.
Você pode ouvir esse conteúdo no “Momento Saúde”, dentro do programa Fala Paraná, da FARCOM.