Os Amigos do HC entregaram o projeto “Melhoria no Atendimento aos Idosos com Problemas Neurológicos no HC”, realizado com recursos provenientes da destinação do imposto o Fundo Municipal da Pessoa Idosa (FMPI) pelas parceiras Brose do Brasil, J Malucelli, O Boticário e Alltech do Brasil. O objetivo do projeto é garantir os direitos da pessoa idosa proporcionando melhor acomodação, qualidade na assistência e excelência no atendimento dos pacientes atendidos pelo Serviço de Neurologia do Complexo Hospital de Clínicas, por meio da renovação de acomodações, materiais e equipamentos adequados, bem como a realização de diagnósticos precisos.
Com o projeto, é possível atender mais de 700 pacientes e realizar mais de 1500 exames e procedimentos, além de mais de sete mil consultas entre Neurologia e Psiquiatria, sendo 60% destes atendimentos em idosos. O repasse, no valor de R$ 419.885,18, permitiu a aquisição de equipamentos importantes como uma prancha ortostática, cinto de transferência – Tam G, balança digital portátil, Bomba vácuo aspiradora, Push up, (Kit Fisioterapia Fortalecimento Mãos Punho E Ante-braço) e Respirador/Ventilador Pulmonar. Estes equipamentos estão sendo utilizados pela equipe multiprofissional da Unidade AVC e do Setor de Neurologia Geral, os quais permitem desenvolver um trabalho integral para o reestabelecimento da saúde do paciente.
A chefe da Unidade de Neuropsiquiatria, Dra. Simone Cristiane de Souza, explica que a reabilitação é um dos principais eixos de saúde para a recuperação de indivíduos com lesão neurológica. “A equipe utiliza de inúmeras técnicas, mas também de vários equipamentos que, até́ então, não estavam disponíveis em nossa unidade. A aquisição dos itens citados favorece sistemas de avaliação com melhor precisão, viabilizando tratamentos mais adequados e agora também, favorecidos pelo uso de equipamentos”, elucida. A prancha ortostática, por exemplo, é o único modo de favorecer o ortostatismo destes indivíduos, o que nos permitirá́ dar mais função e independência aos pacientes, em como diminuir os prejuízos laborais dos terapeutas envolvidos no tratamento.
Dra. Simone esclarece que com a chegada das cadeiras especiais para atividades da vida diária, o objetivo de independência dos pacientes será, de certa forma suprido. “Essas cadeiras terão papel único e exclusivo de reabilitação”, conta. Antes as cadeiras eram divididas para treino de AVD’s e transporte de pacientes, o que inviabilizava, muitas vezes, os treinos ou permanência na sedestação, devido ao número reduzido do equipamento.