Anualmente, no dia 30 de agosto é comemorado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, com a finalidade de tornar a doença mais conhecida pela da população brasileira. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil pessoas sofrem com a doença no país. 

Segundo Tiago Sowmy, neurologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, o diagnóstico é feito por exames clínicos. “É baseado na demonstração de lesões no sistema nervoso central, em diferentes lugares e tempos, além da exclusão de outros diagnósticos possíveis”. Para ele, ainda é necessário descartar outras condições como doenças inflamatórias do sistema nervoso central.  

O especialista explica que os sintomas são diversos, podendo atingir diversas áreas do corpo. “Podem ocorrer sintomas motores como fraqueza, rigidez muscular e dificuldade com coordenação e caminhada, problemas visuais, sendo visão embaçada ou visão dupla, além de problemas autonômicos como disfunção da bexiga e do intestino”. Fadiga e mudanças cognitivas que afetam a memória, também são sintomas que podem estar presentes.  

Os fatores de risco também são diversos. “Existem razões genéticas importantes na suscetibilidade da doença. Infecções virais podem estar relacionadas ao desenvolvimento da Esclerose Múltipla”, diz Tiago.  

O principal tratamento da doença envolve o uso de terapias modificadoras da doença para reduzir a frequência de surtos, retardar a progressão e gerenciar os sintomas.  

O neurologista explica que o tratamento escolhido para ser realizado “depende do tipo de Esclerose Múltipla, da gravidade e de fatores individuais do paciente”.  

Hoje, existem terapias emergentes que incluem inibidores de tirosina quinase que penetram no sistema nervoso central, transporte células-tronco e agentes voltados para a neuroproteção.  

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