A diabetes é uma doença comum que atinge cerca de 10,2% da população brasileira, segundo dados da pesquisa realizada em 2023 pela Vigitel Brasil (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Apesar da popularidade, há complicações que podem levar a óbito.  

A nutricionista Poliana Ballarott explica que a Diabetes Mellitus (DM) é uma doença do metabolismo da glicose.  “Causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia, a fim de que seja aproveitada por todas as células”. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar, como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).                                                                             

A doença é dividida em níveis: 

  • Tipo 1: O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependente, ou seja, exige a aplicação de injeções diárias de insulina.
  • Tipo 2: As células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade;
  • Diabetes gestacional: Ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe;
  • Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos, etc.

A especialista explica que as complicações da diabetes mellitus são um conjunto de consequências que a doença pode trazer para o paciente ao longo dos anos. “Quanto menos controlada está a taxa glicêmica (açúcar no sangue), maiores e mais graves serão as complicações, principalmente quando ela está associada a fatores de risco como colesterol alto, hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo”.  

Quando não controlada, a diabetes pode desenvolver outros problemas de saúde como retinopatia diabética (problemas nos olhos), nefropatia diabética (lesões nos rins), neuropatia diabética, aterosclerose, doença cardíaca e doença arterial periférica, dentre outros. 

Por isso, é importante estar atento aos sintomas: 

  • Poliúria – a pessoa urina demais e, como isso a desidrata, sente muita sede (polidpsia);
  • Aumento do apetite;
  • Alterações visuais;
  • Impotência sexual;
  • Infecções fúngicas na pele e nas unhas;
  • Feridas, especialmente nos membros inferiores que demoram a cicatrizar;
  • Neuropatias diabéticas provocada pelo comprometimento das terminações nervosas;
  • Distúrbios cardíacos e renais.

Após o diagnóstico, o paciente deve iniciar o tratamento, seguindo as recomendações do médico. A nutricionista explica que a diabetes não pode ser dissociado de outras doenças glandulares. Além da obesidade, outros distúrbios metabólicos podem estar associados à doença.  

O tipo 1 é também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, um distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco. 

O tipo 2 não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos ministrados por via oral. A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma complicação grave que pode ser fatal. 

Dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. A orientação de um nutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras pode ajudar na redução de peso e, como consequência, cria a possibilidade de usar doses menores de remédios. 

Portanto, fique atendo às recomendações!  

  • Faça um acompanhamento médico especializado e cuidados de uma equipe multidisciplinar;
  • Dieta alimentar criteriosa;
  • Programa regular de exercícios físicos;
  • Não fumar, pois pode acelerar o processo e o aparecimento de complicações;
  • O controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol e triglicérides;
  • O diagnóstico precoce, fique atento aos sinais e sintomas.

Este conteúdo foi ao ar no quadro Momento Saúde, do programa Fala Paraná, da FARCOM, na última terça-feira (16). Para ouvir o conteúdo e o programa completo, clique aqui. 

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