De acordo com o oftalmologista Carlos Moreira, o glaucoma afeta o nervo óptico e na maioria das vezes, é uma doença silenciosa. “Por isso, as consultas de rotina são importantes, pois o paciente vai perdendo a visão de forma lenta e progressiva e muitas vezes, ele não nota”.  

O glaucoma é a segunda causa de cegueira no Brasil, o distúrbio afeta mais de 900 mil pessoas no país, de acordo com a OMS.  Segundo o IBGE, 35 milhões de pessoas têm algum problema ocular. Deles, quase 600 mil são cegos. Em 80% dos casos, a visão poderia ter sido preservada com tratamentos adequados e visitar regulares ao oftalmologista. 

A doença pode atingir pessoas de todas as idades e em sua maioria, o diagnóstico é feito em consulta. O oftalmologista explica que o glaucoma não tem cura, mas tem controle. “Existem alguns fatores de risco para desenvolver a doença, entre eles a pressão ocular, que apesar do nome, não tem relação nenhuma com a pressão arterial”. Por isso que, apesar de não ter cura, é possível controlar a evolução da doença, diminuindo os níveis da pressão. 

Para aqueles casos em que o paciente não deseja fazer o uso do colírio de forma contínua, existem algumas opções, por exemplo o laser ou para aqueles casos em que o colírio o laser não foi suficiente, existe a cirurgia.  

A rotina de visitas ao oftalmologista varia de acordo com a gravidade do glaucoma. “Às vezes, uma vez ao ano suficiente. Em casos mais avançados ou com pouco controle, mesmo com medicação ou que precisam de cirurgia, muitas vezes precisam de frequências maiores em suas consultas”.  

A mensagem mais importante aqui é, qual o seu oftalmologista para fazer o seu check-up e assim como glaucoma, existem outras doenças que não apresentam sintomas e que são diagnosticadas em consultas de rotina. Quanto mais cedo a gente faz o diagnóstico maior a chance de preservação da visão. 

Este conteúdo foi ao ar no quadro Momento Saúde, do programa Fala Paraná, da FARCOM, na última terça-feira (09). Para ouvir o conteúdo e o programa completo, clique aqui.

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