O Maio Vermelho é a campanha de conscientização ao câncer bucal. A maioria dos casos é diagnosticado em estágio avançado e por isso, se viu a necessidade de levar mais informações à população.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil possui a maior taxa de incidência da América do Sul. São 3,6 casos registrados e 1,5 morte para cada 100 mil habitantes, sendo a segunda maior taxa de mortalidade.
A cirurgiã-dentista Larissa Lins explica que a campanha tem o objetivo de promover o diagnóstico precoce, tanto por parte do profissional, quanto da própria pessoa que pode perceber mudanças na anatomia bucal. “Existem sinais importantes que contribuem com a identificação da doença”.
Os sintomas são:
-Lesões, como manchas brancas ou avermelhadas, que não desaparecem;
-Feridas ou úlceras que não cicatrizam e não doem;
-Nódulos na região do pescoço que não doem;
-Rouquidão persistente;
-Dificuldade de mastigação, deglutição ou fala;
-Assimetria facial.
Homens com mais de 40 anos são os mais atingidos, principalmente aqueles que são considerados como grupo de risco. “Quem faz o consumo do álcool, cigarro e foram diagnosticados com vírus oncogênicos, como o HPV devem ficar atentos”.
O diagnóstico tardio do câncer dificulta o tratamento e pode significar a diminuição da qualidade de vida do paciente. Ao estar informado sobre os sintomas e aprender a identificar anomalias, as pessoas podem procurar ajudar médica o quanto antes. Para os profissionais de saúde, é importante saber realizar o encaminhamento correto ou quando aptos, realizar o diagnóstico corretamente.
O tratamento é realizado por meio de cirurgia, radioterapia e quimioterapia de forma isolada ou combinada, dependendo do estágio da doença. No SUS, esses procedimentos podem ser feitos em hospitais especializados em oncologia e pela Lei, deve-se dar início do protocolo em até 60 anos após o diagnóstico.
O Momento Saúde é um quadro temático dos Amigos do HC, em parceria com a FARCOM-PR. Esse conteúdo foi ao ar no Momento Saúde da última terça-feira (28), e você pode ouvi-lo no site da FARCOM-PR.