O corpo humano é, em média, 60% composto por água, sendo essencial para a saúde e bem-estar, podendo variar de acordo com a idade. O Ministério da Saúde, no Guia Alimentar para a População Brasileira, recomenda a ingestão de pelo menos 2 litros por dia para um adulto saudável, quantidade que pode ser alterada conforme o estado de saúde de cada um.
Segundo a dermatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo, Kátia Sheylla Malta Purim, a água é responsável pelo transporte e absorção de nutrientes para as células, digestão, eliminação de toxinas, regulação da temperatura corporal, lubrificação dos olhos e das articulações, circulação sanguínea, excreção intestinal e consistência das fezes.
Em geral, a água diária ingerida deve estar em equilibro com a água diária que se perde. “Além do ajuste às necessidades individuais do dia a dia, a ingestão de água em momentos estratégicos, como ao acordar, antes e após comer, durante atividades físicas e ao deitar agrega benefícios à saúde”, afirma.
Para o adequado funcionamento de todo o nosso organismo, a água precisa ser reposta em quantidade suficiente ao longo do dia, durante todos os dias da semana. “Sucos, leite, frutas, alimentos in natura ou minimamente processados complementam a ingestão da água e, quando consumidos de forma equilibrada, trazem benefícios à saúde”.
O nosso organismo trabalha de diversas formas para evitar a desidratação, porém, a ingestão de água continua sendo de extrema importância para manter o equilíbrio hídrico do nosso corpo. Quando a ingestão de água é deficiente, vai ocorrer a desidratação.
A especialista alerta que a pessoa idosa, bebês, crianças e portadores de doenças renais são mais sensíveis a esse estado. Ainda, condições especiais de saúde (vômitos, diarreia, etc.) e uso de determinados medicamentos também podem causar e/ou agravar a desidratação.
Nos casos de desidratação leve à moderada os sintomas são sede, diminuição da sudorese, da elasticidade da pele, da produção de urina e sensação de boca seca. Nos casos de desidratação grave pode ocorrer queda da pressão arterial, tontura, desmaio, confusão mental, choque e danos aos órgãos internos. Situações extremas podem provocar coma e morte.
Nos dias frios, o incentivo à hidratação corporal pode ocorrer por meio da ingestão de água pura, água saborizada com frutas, sucos naturais, bebidas quentes (chá, café, leite, chocolate quente), caldos, sopas e outras preparações culinárias. Deixar uma garrafa de água por perto e utilizar aplicativos gratuitos ajudam a lembrar de beber água e a incorporar esse ato como parte da rotina do autocuidado.
Nos dias mais quentes, as pessoas sentem mais sede e a facilidade de ingerirem líquidos é maior. O consumo de sucos, chás gelados e principalmente água é válida. Além disso, nessa época, a perda de água por meio do suor é maior. Por isso, é importante redobrar os cuidados com a hidratação.
Hiponatremia:
No outro extremo, existe a ingestão exagerada de água, que também é prejudicial à saúde, quando feita em um curto período de tempo. A chamada hiponatremia é a intoxicação por água e pode diminuir de forma severa os níveis de sódio no sangue, causando náuseas, dor de cabeça, confusão mental e até inchaço cerebral. Os 2 litros recomendados, devem ser ingeridos ao longo do dia e de forma equilibrada.
O ideal é sempre consultar um médico ou profissional capacitado para receber orientações sobre a demanda de cada organismo, evitando tanto a falta, quanto o excesso de hidratação.
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