Você já percebeu que quando o dia está nublado costumamos perder a motivação e nos sentirmos mais tristes? Então, as cores mais claras e brilhantes da natureza, como o céu azul, influenciam diretamente no nosso humor e disposição. Ao olharmos para uma cor, nossa visão envia um estímulo para o cérebro que provoca diferentes sensações.
A sensação de bem-estar está diretamente ligada aos elementos naturais. A psicóloga Brenda Chaves explica que a influência das cores sobre a nossa mente tem influência também sobre nosso ânimo, produtividade e energia. As cores que representam a natureza, como o verde, por exemplo, são indicadas para o relaxamento e tranquilidade. Da mesma forma, cores mais escuras são adequadas para salas de música de academias por relembrar uma “balada” e cores mais claras se encaixam em ambientes de musculação, em que há necessidade de prestar bastante atenção aos equipamentos e movimentos.
Entretanto, o médico Marcelo Leitão, cardiologista especialista em exercício e esporte da Unimed, explica que as cores não têm influência direta no desempenho físico, mas elas influenciam na motivação, e assim, treinamos melhor. “As cores influenciam apenas na motivação, assim como a música. Ter um ambiente animado, com uma música adequada é sempre um grande estímulo para as pessoas desenvolverem suas atividades com maior motivação”, completou o médico.
Brenda acrescenta que as cores de um ambiente de trabalho, casa ou academias devem ter relação com as pessoas que habitam o lugar e com a marca. Assim como a decoração, não é indicado escolher aleatoriamente as cores que serão utilizadas, pois elas vão influenciar no bem-estar, produtividade, foco e relaxamento mental das pessoas. “A empresa ou pessoa precisa pensar que são cores que vão trazer uma intencionalidade no trabalho. Então vai depender muito do ambiente de trabalho, do estilo de trabalho e como fazer para estimular nos seus funcionários a criatividade, foco e outras questões necessárias”, completou.
Apesar das cores terem um grande impacto, a arquiteta e urbanista Thayse França de Loiola frisa que elas não “caminham sozinhas”. Elas dependem de uma composição grande de estratégias para obter o estado pleno de bem-estar em ambientes. É preciso analisar a ergonomia, fluxo de circulação, ventilação, iluminação, texturas, usadas, materiais utilizados, disposição dos móveis, tudo o que compõem o espaço afeta de alguma forma a psique. Não podemos justificar toda e qualquer reação por causa das cores, deve-se considerar sempre o todo e todas as percepções que se tem. Inclusive um dos grandes desafios é a generalização dos conceitos, de que uma cor gera isso ou aquilo, pois atingem a maioria das pessoas, porém a percepção é individual e depende de vários fatores. Por isso é importante consultar um profissional ao pintar os ambientes para otimizar o estado de bem-estar.
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