Ao contrário do que muitos pensam, a terceira idade não é um estágio da vida parado, sem produtividade e aprimoramento, muito pelo contrário: é uma fase de desenvolver experiências! Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos são presença significativa no mercado de trabalho, saltando de 5,9% em 2012 para 7,2% em 2018.
Empresas estão abrindo mais suas portas para pessoas com 60 anos ou mais, já que com suas experiências contribuem com as atividades da empresa e somam aos mais novos, desenvolvendo um conceito de intergeracionalidade. O crescimento da presença desse público, exposta pelo IBGE em 2019, mostra como os mais velhos estão aproveitando as oportunidades e se sentem aptas a desempenhar um bom trabalho. Afinal, experiência nunca é demais, não é? Ao chegar na terceira idade acumulamos milhares de experiências profissionais e pessoais e essas, por sua vez, possibilitam uma visão diferente da vida, aumentam a bagagem do mundo do trabalho e são atrativas para as empresas.
A influenciadora digital Sueli Rodrigues é um exemplo de como a terceira idade é uma ótima oportunidade de desenvolver novas habilidades e, para quem aproveita, não há arrependimentos. Sueli encontrou no mundo digital uma ferramenta de expor aos seguidores sua paixão pela moda, no Instagram ela dá dicas de looks, combinações e principalmente: mostra como é importante se amar em qualquer idade. “Eu chamo minhas seguidoras de ‘seguimores’, criei uma relação com as pessoas na internet que nunca imaginei que teria. A velhice não pode ser um motivo para você desanimar com a sua vida e deixar de se desenvolver profissionalmente e como pessoa, muito pelo contrário, deve ser aproveitada e utilizada à seu favor. O que importa é o agora, temos que aproveitar todos os momentos pois daqui a qualquer momento podemos não ter mais capacidade de fazer as coisas que fazemos hoje”, concluiu.
No ramo digital, já se tornou comum nos depararmos com jovens desenvolvendo sua imagem e profissão através do auxílio de um Coach. “Coach” vem do inglês e significa “treinador”, como a própria tradução deduz, o profissional da área atua no aperfeiçoamento pessoal e profissional das pessoas. Através do Coach, o indivíduo é orientado, através de uma metodologia comprovada, a conquistar seu objetivo. Através do processo, o coachee (cliente) entende melhor sua personalidade, desenvolve pontos que precisam ser melhorados e sente-se mais confiante ao apostar em seus pontos fortes. Há quem diga que os Coaches são o caminho para alcançar nossos sonhos e não há erro nisso! De fato os sonhos podem ser alcançados e acontecem mais rápido quando traçamos metas e objetivos, independente da nossa idade, afinal para sonhar não tem idade!
Maria Helena, coach da Sociedade Brasileira de Coach, maior empresa do ramo no Brasil, explica que ter sonhos e metas também é uma forma de ter autoestima e de querer se manter ativo, independente da idade. O coaching é para qualquer pessoa e não podemos dividir a forma de trabalhar com uma ou outra por causa de quantos anos ela tem. Em seus atendimentos ela não diferencia a metodologia por idade, já que o que realmente importa é que a pessoa tenha vontade de encontrar o que desperta a sua felicidade, aquilo que ela faz e não vê o tempo passar.
A coach conta que vê essa vontade de se desenvolver nas pessoas mais velhas que atende, a Leni é uma delas, criadora de búfalos de mais de 70 anos, e Zé Alexandre, cantor profissional e finalista do The Voice + Brasil. “É muito importante ter um coach, independente da idade, nossas ações têm impacto direto nos nossos resultados e precisamos buscar formas de desenvolver nossas ações para alcançar nossos objetivos. Mudanças comportamentais proporcionam mais resultados, fazem a gente alcançar aquilo que mais desejamos e isso eu chamo de sucesso, estando relacionado também com felicidade. E aí entra o coach, nós ajudamos você a mudar hábitos nocivos para ter uma vida com mais significado e realização. Viver mais e viver melhor é o objetivo de todos os seres, eu ajudo a pessoa a chegar lá através de pesquisa e métodos comprovados”, completa Maria Helena.