Você sabe quando se preocupar com a memória? A geriatra do Ambulatório Multiprofissional do Idoso do Complexo Hospital de Clínicas, Dra. Geraldine Maciel, indica quais são os principais sinais de alerta com as questões da memória dos idosos. Caso apresente um ou mais sintomas, a recomendação é buscar orientação médica para verificar as causas do problema.
A geriatra do Ambulatório Multiprofissional do Idoso do Complexo Hospital de Clínicas, Dra. Geraldine Maciel, explica que o primeiro ponto é a perda da memória para fatos recentes evoluindo até o esquecimento sobre si mesmo. “Inicialmente ocorre com coisas que acabaram de acontecer e pode evoluir até os casos de se olhar no espelho e não se reconhecer ou esquecer seu próprio nome”, explica a geriatra.
Para identificar os sinais relacionados à memória, é preciso atentar-se o dia a dia do idoso. Segundo a Dra. Geraldine, a pessoa também pode ter dificuldade com a abstração e o planejamento. Alguns exemplos são: não conseguir lidar com as suas finanças, ler livros, jogar cartas e apresentar problemas na linguagem como não encontrar palavras.
A geriatra alerta que a troca de palavras pode ser confundida com não conseguir reconhecer as pessoas. Porém, o idoso tem dificuldade em nomear aquela pessoa e acaba trocando os nomes. Em relação à linguagem, também pode usar palavras incomuns e criar as suas próprias palavras, tanto na fala quanto na escrita.
A alteração na orientação temporal e espacial é outro sinal, de acordo com a geriatra. O problema começa esquecendo o dia do mês podendo até confundir o período do dia, sem saber se está de manhã, tarde ou noite. Em relação ao espaço, inicialmente perde a orientação em lugares pouco comuns chegando até a não reconhecer a própria casa.
A dificuldade de realizar tarefas simples como tomar banho, se vestir e cozinhar também deve ser observada. Além disso, apresenta alterações de comportamento, como agitação, agressividade ou até delírios. “A pessoa acha que está sendo roubada, que tem alguém a perseguindo e até tem alucinações e vê ou ouve coisas”, indica. Segundo a geriatra, as alterações podem acontecer em qualquer período, mas normalmente ocorrem no fim do dia.
Por fim, a médica aponta que o idoso pode ter um julgamento pobre ou diminuído das situações. “Às vezes a pessoas está em um dia muito quente e coberta por casacos ou em um dia muito frio com pouca roupa”, finaliza.