O Novembro Azul é uma campanha de conscientização do câncer de próstata, que é o segundo tumor mais prevalente no homem, ficando atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Durante o mês, o objetivo é levar informação a toda a população e também lembrar dos cuidados com a saúde, principalmente por parte dos homens. 

A oncologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Pamela Carvalho Muniz, explica que o câncer de próstata, trata-se de uma doença potencialmente curável, especialmente se diagnosticada precocemente. “Por este motivo, o entendimento sobre o acompanhamento médico regular, a realização assertiva dos exames solicitados e a prevenção através de hábitos saudáveis de vida é de extrema importância para maximizarmos as chances de cura da doença”. 

Os sintomas geralmente não se manifestam em estágios iniciais da doença, o que torna fundamental o acompanhamento médico regular com a realização dos exames solicitados de forma assertiva.  

Em estágios mais avançados, os sintomas podem incluir:  

-Dificuldade para urinar;
-Aumento da frequência urinária (especialmente à noite (noctúria), levando a múltiplas idas ao banheiro durante o período de sono);
-Dor ou ardência ao urinar;
-Presença de sangue na urina ou no sêmen;
-Dores ósseas (nos estágios ainda mais avançados).  

Estes sintomas podem ser confundidos com outras condições benignas, como a hiperplasia prostática benigna (HPB) ou infecções urinárias, tornando a avaliação médica essencial para o diagnóstico certeiro. 

A oncologista adverte que o principal fator de risco é a idade. “Trata-se de uma doença que aumenta seu risco de aparecer com o envelhecimento sendo que a maior parte dos homens é diagnosticada após os 55 anos”. Outro fator importante é o histórico familiar de cada paciente – aqueles com pai ou irmãos que tiveram câncer de próstata especialmente antes dos 60 anos têm maior risco de desenvolver a doença. Além disso, a obesidade, sedentarismo e tabagismo também contribuem para o surgimento do câncer.  

A recomendação para o início da busca de um profissional médico para o acompanhamento e realização de exames preventivos do câncer de próstata varia conforme os fatores de risco individuais (de paciente para paciente), mas, em geral, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens sem histórico familiar de câncer de próstata e sem outros fatores de risco devem começar seu acompanhamento com profissional especializado aos 50 anos, e  homens com histórico familiar de câncer de próstata em parentes de primeiro grau (como pai ou irmãos) ou da raça negra a partir dos 45 anos.  

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